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Por O Dia

Para a prevenção do câncer, a visita ao médico é essencial, mas muitos homens ainda consideram tabu comparecer regularmente ao urologista. O câncer de próstata foi diagnosticado em mais de 68 mil homens em 2018 e o número de óbito supera 15,3 mil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No mês da campanha Novembro Azul, a comunidade médica destaca a principal forma de acompanhar e prevenir a doença: realizando exames de rotina no urologista.

"Quando falamos do tabu, não podemos descartar o fator cultural, muito forte no Brasil, além de uma falta de informação sobre a prevenção", constatou Mariane Sousa, coordenadora do Núcleo de uro-oncologia da Oncoclínicas, que aponta menor divulgação de campanhas no Novembro Azul do que no Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama. Dados do Inca mostram que, em 2018, foram diagnosticados 59 mil casos de câncer de mama, 9 mil a menos em comparação ao câncer de próstata.

O diagnóstico tardio também é explicado pela falta de consultas ao urologista, aponta Mariane. "O preço de não ter uma regularidade do urologista é muito alto. Vale apresentar o risco e o benefício do exame, que é desconfortável, mas não vai machucar", afirmou a médica.

A urologista explica que o exame não é invasivo, ou seja, não requer a sedação do paciente. "O exame do toque, uma das principais formas de identificar o câncer de próstata, é feito no próprio consultório do urologista. Seu resultado pode ser extremamente esclarecedor para descobrir o diagnóstico do paciente", reforçou.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que o acompanhamento com urologista seja feito uma vez por ano por homens brancos com mais de 50 anos e homens negros acima de 45 anos, por ser um grupo de maior incidência da doença. O rastreamento da doença é realizado a partir do exame do toque, um grande tabu dentro do consultório urológico, e do exame de sangue.

Quando há diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%, mas o caso pode ter quadro terminal se o paciente descobrir o câncer em estágio avançado e comprovar que a doença se espalhou para outras partes do corpo, processo conhecido como metástase. Nesse cenário, o profissional trabalha o controle da doença, mas não há cura.

No caso do câncer de próstata, as áreas mais afetadas nesse estágio são os ossos e os linfonodos próximos à região.

 

Tratamento varia de acordo com gravidade do caso
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O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com a gravidade da doença. Em casos mais brandos, o paciente faz apenas a vigilância ativa com o urologista, mas não precisa de medicação. Os quadros intermediário e grave exigem cirurgia aliada ao tratamento com radioterapia e hormonioterapia, que pode ser aplicado de seis meses a três anos.
Mesmo depois de curado, o paciente deve continuar com o tratamento. Mariane aponta que 30% dos pacientes podem voltar a desenvolver a doença e, durante um período depois da cura, ele deve ser acompanhado anualmente por oncologista e urologista. "A cura é um processo, não se dá apenas pelo processo, mas também pela manutenção. Existe um estigma do paciente ser liberado com cinco anos, mas uma parcela deles pode ter uma recaída depois desse período", concluiu.
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