A pequena Rebecca e Brete, que toma conta da menina desde a barriga da mãe, moram em Iguaba Grande, na Região dos Lagos - foto do leitor
A pequena Rebecca e Brete, que toma conta da menina desde a barriga da mãe, moram em Iguaba Grande, na Região dos Lagosfoto do leitor
Por MARTHA IMENES
Bicho é tudo de bom! Tem alguma dúvida? O DIA fez uma pesquisa e listou dez motivos para ter um companheirinho em casa, principalmente neste período estranho que vivemos por conta da pandemia de coronavírus. O distanciamento social, necessário para evitar a propagação da covid-19, tem deixado muita gente de cabelo em pé e com saudade dos afagos, apertos de mão e abraços, traços marcantes do povo brasileiro. E essa solidão da pandemia acabou fazendo com que a busca por adoção de pets crescessem. Dados oficiais ainda não foram fechados, mas segundo o Instituto Pet Brasil, houve um aumento de 50% no número de adoções.

Para a psicóloga Tuane Oliveira, especialista em terapia cognitiva, "a troca afetiva traz benefícios à qualidade de vida". "O distanciamento social, decorrente da pandemia de covid-19, intensifica comportamentos disfuncionais que geram sintomas de depressão e ansiedade. E é nesse contexto que o bichinho vem como melhor amigo mais que desejável, e são os companheiros que interagem mais rapidamente com uma pessoa", avalia. E dá a dica: "Está claro que os animais nos fazem mais felizes, mas também exigem muita responsabilidade. Prefira sempre adotar um bichinho que precisa de uma família, em vez de comprar".

A dúvida sobre ter um bichinho persiste? Vem com O DIA, a gente te mostra...
É calmante
Interagir com cães ou gatos de estimação baixa os níveis de cortisol, hormônio do estresse, e estimula a liberação de endorfina e dopamina, neurotransmissores que aumentam a sensação de bem-estar. Pesquisas comprovam que a presença de um peludo deixa as tarefas do dia a dia mais agradáveis, aliviando a pressão.

Afasta a depressão
Não existe solidão com um bicho por perto. Suas gracinhas aumentam os níveis de serotonina em nosso organismo, ajudando a combater crises de depressão. Idosos em contato com cães e gatos abandonam o isolamento, tornando-se mais ativos e sociáveis.

Equivale à terapia
Na década de 1950, a psiquiatra Nise da Silveira já usava os bichanos em tratamentos terapêuticos. Em vez de lobotomia, eletrochoque e outras técnicas agressivas, ela apelava a eles para reverter casos de esquizofrenia, prática que lhe rendeu projeção internacional.

O amor 'transborda'
Mulheres que adotam filhotes passam a produzir mais ocitocina, o hormônio do amor. É ele que enche as mamães de alegria quando dão à luz o bebê ou quando amamentam o pequenino.

Economia de remédios
Donos de pets vão menos ao médico e, consecutivamente, precisam tomar menos remédios. Quando ficam doentes, os cachorreiros ainda saem do hospital antes por causa do cuidado com os pets.

Diminui risco cardíaco
A sensação de responsabilidade e companheirismo proporcionada pelos pets diminui o nervosismo e dilata os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão sanguínea e o risco de ataque cardíaco em 30%. Quem tem um cão para chamar de seu também acaba se exercitando mais.

Multiplica as amizades
Alguém duvida que passear com um cachorro a tiracolo facilita aproximações? Segundo estudo inglês, pessoas que saem com seus cães fazem mais amizades ao longo do percurso do que as que caminham sozinhas.

Ajuda na educação
No contato diário com um animal, as crianças aprendem a controlar impulsos, entre eles a agressividade. Ter um cão ou um gato ajuda a lidar com fatos da vida, como nascimento, reprodução e morte, além de reforçar a autoestima. Para os tímidos, os bichos ainda servem como veículo de comunicação.

Combate alergias
Meninos e meninas que crescem com um mascote apresentam 50% menos chances de desenvolver reações alérgicas a fungos e poeira, porque a exposição ao pólen e outros componentes que os bichos de estimação trazem nas patas fortalece o sistema imunológico.

Contra a insônia
O ronronar dos bigodes altera o estado de alerta das ondas cerebrais, ajudando a dormir. E sua frequência, entre 25 e 50 hertz, é a mesma utilizada na medicina esportiva para acelerar cicatrizações e recuperar lesões.

Fonte: Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas (Ateac)