O surfista Italo Ferreira se juntará ao time de comentaristas da TV Globo durante as Olímpiadas, conforme anunciou a emissora nesta terça-feira (16) Reprodução / Instagram

Rio - Campeão mundial e medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, o surfista Italo Ferreira está na linha de frente para ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. O atleta chegou em Porto Alegre na última quarta-feira (8) e tem ajudado no resgate de pessoas e animais, além de levar mantimentos para os abrigos.
Italo Ferreira se juntou a Pedro Scooby, Lucas Chumbo e uma equipe de voluntários, que inclui outros surfistas ondas gigantes como Willyam Santana, Ian Cosenza, Iankel Noronha, Felipe Cesarano e Michelle Bouillons. O grupo já estava prestando ajuda desde a última segunda-feira (6), e conseguiu resgatar centenas de pessoas e animais.
O campeão mundial e olímpico viajou com um caminhão cheio de mantimentos. Nas redes sociais, Italo Ferreira tem relatado as dificuldades. O surfista definiu a situação do Rio Grande do Sul como um "cenário caótico e cheio de desafios". Ele também relatou a dificuldade de convencer algumas pessoas a abandonar suas casas. 

Entenda a tragédia no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul tem sofrido com um alto volume de chuva desde segunda-feira. Segundo a Defesa Civil, são 116 mortos, 143 desaparecidos e 756 feridos. Além disso, 408,1 mil pessoas ficaram fora de casa, sendo 70,7 mil em abrigos e 337,3 mil desalojados (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 437 dos 497 municípios foram afetados, causando prejuízo para 1,9 milhão de pessoas.
Em Porto Alegre, as águas do lago Guaíba invadiram a região das ilhas, ruas do Centro Histórico e a estação rodoviária. O Aeroporto Internacional Salgado Filho suspendeu as atividades até o final de maio. O nível da água superou a cota de inundação, atingindo 5,26 metros e superando a marca da enchente histórica de 1941, quando bateu 4,76 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, baixou para 4,74 metros pela primeira vez desde sábado (4), de acordo com a medição feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá. Mesmo com a redução, o Guaíba segue mais de 2 metros acima da cota de inundação. A água que avançava sobre as ruas da capital aparenta estar estável e até recuando em algumas regiões.