* Janes Fidélis Tomelin é o Vice-Presidente Acadêmico da Vitru Educação. Com mais de 24 anos de experiência no Ensino Superior Presencial e a Distância (EAD), ele é formado em Filosofia, com mestrado em Educação e especialização em História Social. Divulgação

Atualmente, 16 milhões de brasileiros vivem nas mais de 11 mil favelas espalhadas pelo país, de acordo com dados preliminares do último Censo do IBGE. Apesar dos desafios de acesso à educação superior nas favelas devido à infraestrutura precária, mobilidade urbana dificultada e limitações econômicas e sociais, é possível dizer que o EaD tem hoje um papel relevante na inclusão dos moradores no ensino superior. Hoje, cerca de 75% dos municípios brasileiros com IDH abaixo de 0,7 têm apenas oferta de cursos superiores na modalidade à distância.

Um levantamento da prefeitura do RJ mostrou que o acesso a universidades é também baixo entre moradores de favelas. Segundo o estudo, em bairros pobres e favelas, de cada 100 pessoas, apenas 7 possuem curso superior, contra 70/100 em bairros ricos. Quanto à escolaridade, apenas 8% chegaram ao ensino superior. Em comparação, um estudo de 12 anos atrás, elaborado pelo Data Popular, mostrava que somente 1% dos moradores dessas comunidades tinham diploma do ensino superior à época.

Neste contexto é que entra por exemplo o polo na Rocinha (RJ) da UniCesumar, uma das marcas da Vitru, maior empresa de EaD do país. Ali funciona um dos pontos de acesso que oferece cursos superiores na modalidade à distância para dentro das comunidades, dando oportunidades reais a pessoas reais.

A chegada de um polo a uma favela ou comunidade “fora do eixo” é essencial no percurso formativo, pois são espaços presenciais que atendem às necessidades acadêmicas e regionais dos estudantes e colaboradores.

O impacto social e econômico promovido pelo acesso à educação superior é visível. Aproximadamente 80% dos estudantes EaD são os primeiros da família a ingressar em um curso de graduação e 67% deles EaD trabalham 40 horas ou mais semanais (Enade, 2022). No Polo da Rocinha da UniCesumar, há mais de 800 alunos ativos matriculados.

Relatos sobre o salto na empregabilidade se multiplicam entre os alunos. De acordo com a pesquisa interna Vitru, conduzida pela Nomads, com mais de 40 mil alunos e ex-alunos, verificou uma relação entre a formação EaD e a melhoria da empregabilidade e remuneração dos egressos da modalidade. Com 80,5% dos ex-alunos atualmente empregados, houve um aumento médio de 14,5% naqueles que trabalham na sua área de formação.

A pesquisa traz outros diagnósticos sobre a contribuição do EaD para a carreira dos alunos. 84% dos graduandos experimentaram melhorias na carreira após o início do curso. Entre os impactos positivos, 17,5% tiveram aumento salarial, 16% relataram promoção ou mudança de cargo e 15,5% obtiveram o primeiro emprego ou estágio na área.

Temos a convicção de que o crescimento intelectual e o desenvolvimento humano dos estudantes são redefinidos através de experiências de aprendizagem enriquecedoras, baseadas na interação com conteúdo e conceitos apresentados por educadores, utilizando diversos materiais didáticos e as mais avançadas ferramentas tecnológicas. Esse olhar integral prepara os estudantes não só para os desafios profissionais, mas também para uma vida de contribuições significativas à sociedade, dentro e fora das comunidades.
* Janes Fidélis Tomelin é o vice-presidente Acadêmico da Vitru Educação. Com mais de 24 anos de experiência no Ensino Superior Presencial e a Distância (EAD), ele é formado em Filosofia, com mestrado em Educação e especialização em História Social