Sim, realmente, a expectativa era muito grande, foi uma noite muito especial. Mas eu não tinha assistido ao filme antes, só alguns pedaços e, na verdade, eu saí meio insatisfeito, pois eu não reconheci minha mãe no filme.
Bem, eu acho que ela discordaria de muita coisa que foi mostrada no filme e na série, e que realmente eram coisas que ela não fazia: beber em trabalho, deixar o público esperando, falar aquela quantidade de palavrões... Realmente, ela não iria ficar muito feliz.
A filha do Lélio, que mora no Brasil, também ficou indignada com o filme, achou absurdas várias coisas que foram mostradas em relação ao pai dela, e falou que aquilo é totalmente um filme de ficção.
Na verdade, quem cuida de tudo isso é meu primo, Cláudio, que é sobrinho dela, foi empresário dela. Outro filme e outra série, não. O que está para sair é um documentário de quatro capítulos, com depoimentos de várias pessoas que foram muito importantes na vida dela.
As homenagens eu vejo com muita alegria, com muita satisfação. E apesar de discordar da série e do filme, eu vejo que ela está em muita evidência. Só se fala em Hebe, vídeos de Hebe, eu recebo mensagens. Então parece que ela está aqui, que a qualquer momento ela vai aparecer, que está aqui entre nós ainda. Isso me traz muita alegria.
Sim, está tendo a exposição 'Hebe', no Morumbi Shopping (São Paulo-SP). Vai até o dia 27 de setembro. E a ideia do Cláudio e nossa é que essa exposição possa estar em outras capitais também. Vamos ver como as coisas vão ficar depois da pandemia.
Foi feita uma pesquisa, só que eles falam que o filme é uma ficção baseada em fatos reais, então é um filme de ficção, não são fatos reais. Eu não gostei. Como desrespeito eu vejo botar ela com excesso de bebida, toda hora com bebida na mão, e ela não era assim. Ela gostava de beber em restaurantes e festas, mas não no dia a dia. Minha mãe nunca bebia em casa no dia a dia. Então essa parte do exagero de bebida, como se ela não largasse o copo da mão, eu vi como um desrespeito, sim. E o grande problema é que muita gente acha que é um filme de biografia, e não o encara como um filme de ficção. Então muitas coisas ali não pegam muito bem.
Sim, realmente ela era apaixonada pelo SBT. Ela ficou muito triste quando saiu de lá e ficou muito feliz quando a Daniela Beyruti foi em casa e a recontratou e acertou a volta dela para o SBT. Mas ela já estava muito fragilizada pela doença. Inclusive, acho que foi um mês antes do falecimento dela. Então, não deu. Ela não chegou fazer planos porque já estava muito debilitada pela doença. Mas ficou muito feliz, porque ela partiu daqui contratada pelo SBT.
Eu não sei se sou mais cobrado profissionalmente por ser filho da Hebe, mas não deixa de ser uma responsabilidade maior, ainda mais seguindo os passos dela. É um desafio muito grande, uma responsabilidade muito grande. Mas eu tento dar o melhor de mim e não fico pensando nessa comparação. Eu faço o trabalho, e depois a gente vê o resultado, vê se o público está aprovando ou não.
Ah, eu sinto falta dela todos os dias, em todos os momentos. De poder ligar, contar as coisas, de poder ir lá, encher ela de beijo, de acompanhar. Enfim... A cada minuto eu sinto falta dela..
Não tenho mágoa de quem fez o filme e a série, mas achei uma pena. Que não fosse feito um filme de ficção, mas sim um filme baseado realmente na vida dela, que foi tão linda e tão cheia de coisas maravilhosas. Acho que não precisava ser um filme tão fictício assim.
Eu sempre amei o interior, sempre quis morar no interior, era um sonho meu. Eu já tinha morado em São José dos Campos, e minha grande vontade era morar no interior, com uma vida mais tranquila, longe daquele trânsito louco de São Paulo. Então, eu estou muito feliz de morar no interior.
O 'Café com Selinho' é uma homenagem a ela, para perpetuar o selinho dela, continuar com esse trabalho do selinho que foi tão bem aceito e ficou tão famoso no Brasil. É um bate-papo descontraído, a maioria dos programas é gravado na casa dela. E, no final, o entrevistado ganha um 'selinho da Hebe', porque eu fiz um selinho mesmo, com o rosto dela.
Eu não substituí o selinho por causa da pandemia. Ele já foi criado no papel antes. A ideia já era essa, de distribuir um selinho de papel da Hebe. Algumas entrevistadas acabam pedindo um selinho do filho, mas a ideia era dar o selinho que eu criei no papel.
Eu sou espírita, acredito no espiritismo, e eu sonho demais com ela, sonho muito com a minha mãe. São vários sonhos muito alegres, sempre muito divertidos. E no sonho mesmo eu recebi mensagem de tocar o 'Café com Selinho' para frente, que era aí que ela iria ficar muito feliz. Então, estamos fazendo.
Não, eu mantive meus amigos. E eu nunca tive uma vida de muita badalação, de muitos eventos. Então os meus amigos são os mesmos, da época que ela era viva e agora, são amigos de bastante tempo.
Sim, se eu receber o convite, claro. Estamos aqui para conversar, será bem-vindo qualquer convite de TV aberta. Mas nunca tive nenhum, não. Estou fazendo o programa na TV COM Brasil, que passa no canal 28 da SKY, para todo o Brasil, e em parceria com o canal 9 da NET São Paulo, que é a TV aberta. Temos também parceria com a TV Ambiental do Espírito Santo, e com a TVC de Araçatuba. Por enquanto, estamos nessas emissoras, e eu estou muito contente de estar fazendo o programa no Youtube e passando nessas emissoras.