A bicampeã olímpica de vôlei Thaisa é a nova jogadora do Itambé-Minas - Divulgação/MTC
A bicampeã olímpica de vôlei Thaisa é a nova jogadora do Itambé-MinasDivulgação/MTC
Por ANA CARLA GOMES
Aos 31 anos, a bicampeã olímpica Thaisa é cobiçada por clubes e atrai milhares de seguidores nas redes sociais, carregando uma história de força dentro e fora das quadras. De casa nova, no Itambé-Minas, onde jogou de 2002 a 2005, ela mantém os pés no chão ao chegar ao atual campeão da Superliga e promete disposição: "Ainda é muito cedo para falar sobre projeção no time que está praticamente todo reformulado. O que posso dizer é que vou treinar muito, me dedicar 300% para dar o meu melhor em quadra e poder ajudar ao máximo a equipe".
Já consagrada, Thaisa mostrou que não iria se intimidar diante da grave lesão no joelho esquerdo, que a fez ficar 10 meses afastada das quadras, entre 2017 e o início de 2018. Voltou a jogar, retornou à Seleção e, neste ano, decidiu, em nome da longevidade na carreira, despedir-se da equipe brasileira: "Precisamos aprender a ouvir o nosso corpo e foi o que eu fiz".
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Fora das quadras, ela faz sucesso: são 505 mil seguidores no Instagram, onde interage com os fãs. Nesta semana, postou vídeos falando sobre redes sociais e contando que lida bem com comentários negativos, mas que se preocupa como outras pessoas podem absorver isso. Nesse contexto, revelou que sofreu depressão uns anos atrás.
À coluna, ela conta como superou a fase difícil: "Consegui com a ajuda dos meus pais e amigos que se importavam comigo. Foi muito, mas muito difícil mesmo. Meus pais choravam escondidos por verem minha situação. Eu realmente não sabia como fazer, ou o que fazer, para sair daquela situação. Só sentia vontade de chorar, não comia, e dormia no máximo duas, três horas por noite/dia. Foi uma luta muito grande. Mas que, com muita força de vontade, eu consegui vencer".
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Perguntada se o seu caso pode ajudar outras pessoas, ela responde: "Não costumo falar muito sobre isso, mas acredito que sim. As pessoas falam muito de amor ao próximo, de 'um mundo sem julgamentos' e blá blá blá, mas na prática a história é outra. Muitas pessoas parecem que se sentem bem em criticar, ofender, fazer comentários destrutivos aos outros". E prossegue: "Eu não me incomodo. Graças a Deus me tornei uma pessoa muito forte após vários problemas e sofrimentos, mas comentários e 'opiniões' maldosos muitas vezes são recebidos como um soco no estômago por pessoas mais frágeis ou que passam por um momento difícil".
 
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