Sikera Junior - Divulgação
Sikera JuniorDivulgação
Por O Dia
As acusações da Associação dos LGBTQI+ contra o apresentador Sikera Junior e a RedeTV! chegaram ao Ministério Público de São Paulo. Representada pelo ativista Agripino Magalhães, a instituição pede ao órgão a abertura de inquérito policial para investigar a conduta do comunicador e da emissora na qual ele apresenta o 'Alerta Nacional'.
No documento, elaborado pelo advogado Ângelo Carbone, ao qual esta coluna teve acesso com exclusividade, Sikera é acusado de atacar os LGBTQI+ ao tentar "associar drogas e substâncias entorpecentes ao grupo, promover discurso de ódio e transfobia, com intuito meramente de ganhar audiência". Já a RedeTV! é acusada de se omitir e não fiscalizar seus programas para impedir que "maus apresentadores, para ganhar audiência, além de escrachar os LGBTQI+, ainda coloque em risco as vidas dos mesmos.

A denúncia, que poderá ou não ser aceita pelo MP, também cita que, além dos discursos de ódio, Sikera "festeja a morte de pessoas que possam ter praticado crimes". O documento afirma que o 'Alerta Nacional' comandado por Sikera é de caráter duvidoso e temerário e criminoso". A Associação dos LGBTQI+ quer que Sikera, a RedeTV! e os funcionários envolvidos no programa respondam por possíveis crimes de homofobia, transfobia, discurso de ódio, apologia ao crime e por uma comparação dos usuários de drogas com os LGBTQI+.

O documento enviado ao MP contém prints de uma das publicações de Sikera, que foi retirada do ar pelo Instagram por ser considerada transfóbica. "Transgênero é uma pessoa que não aceita o próprio nome, o próprio corpo, a própria voz, a própria vida, mas quer ser aceito por todo mundo", diz o post removido pela plataforma. Já no 'Alerta Nacional', entre outras falas, Sikera chegou a associar usuários de drogas a homossexuais ao dizer que "todo maconheiro dá o anel".
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O apresentador Sikera se pronunciou e avisou que também vai processar o ativista. "Você me acusa de homofóbico sem ter um boletim de ocorrência contra mim. Nunca ofendi ninguém, nunca machuquei ninguém. Me chama de nazista... eu tenho família e a minha família está sofrendo. Não pensa que com seu mimimi eu vou ficar calado. Lamentavelmente nós vamos ocupar a Justiça Brasileira e os tribunais para discutir um assunto desse. Vai ser assim: você me processa de lá e eu te processo de cá. Mas, me intimidar, não."
Agripino Magalhães é ativista LGBTQI+ - Divulgação
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